Com line-up recheado de estrelas da música alternativa, segunda edição
Dando continuidade ao trabalho de formação realizado pela Secretaria Municipal de Educação (SME), foi realizado nesta terça-feira, 24, no teatro Paulo Moura, o 3° Seminário de Boas Práticas do Ensino Fundamental, que contou com o comparecimento de 1.200 pessoas.
No segundo dia foi a vez do Ensino Fundamental, que trabalha com alunos do 1º ao 9º ano. Professores e gestores das unidades foram convidados, bem como os representantes das OSCs (Organizações da Sociedade Civil).
A mediadora foi a educadora Giulianny Russo, assessora dos anos iniciais da SME e que também presta assessoria para os municípios de São Paulo e São José dos Campos. Especialista em alfabetização, Russo é pedagoga pela USP e fonoaudióloga pela PUC-SP.
“Eu vim participar do 3º Seminário de Boas Práticas do Ensino Fundamental. A gente entende que as pessoas, as crianças aprendem por meio da sua ação reflexiva, é refletindo que elas aprendem, conhecem e desvendam um determinado objeto de conhecimento e o objeto de conhecimento do professor é a sua prática, então nada melhor do que um seminário que possibilite os professores olharem para aquilo que eles desenvolvem diariamente nas suas salas de aula”, diz Giulianny Russo.
Para a educadora, a alfabetização segue sendo um grande desafio há muitos anos e a solução passa necessariamente pela formação do professor que tem papel central nessa história.
“Eu acredito que seja um problema multifatorial, tem muitas questões envolvidas, o principal deles relacionado às políticas públicas de formação do professor. A formação do professor não é episódica, eu faço a formação e acabou. A formação, pela natureza do nosso ofício, é permanente, contínua”, explica ela.
Giulianny diz que os professores precisam ao longo da sua carreira de oportunidades recorrentes de estudo, para reflexões, porque a partir dessas oportunidades eles vão se aproximando de maneiras sucessivas, de maneiras diferentes, desse objeto de conhecimento que é a sua prática.
“A cada encontro, a cada nova oportunidade de estudo, com seus pares, com professores, com formadores, porque a política pública de formação é permanente, não pode ser eventual, não pode ser três encontros no ano e achar que a gente vai formar alfabetizadores; precisa de uma prática mais enfática”, explica.
Ela afirma que o seminário de boas práticas é muito interessante para a rede porque ele pressupõe esse compartilhamento de práticas e é uma oportunidade para o professor que abre a sua sala de aula refletir sobre o seu objeto de trabalho, a sua didática.
“Tanto professor que compartilha a sua prática, que generosamente abre a sua sala para compartilhar, um processo de ressignificação e de aprendizagem, quanto os colegas que têm a oportunidade de escutar e refletir a partir do que foi apresentado e também aprender e repensar as suas práticas em sala de aula”, explicou Giulianny Russo, assessora dos anos iniciais da Secretaria Municipal de Educação (SME).