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O monólogo foi um dos contemplados pela Lei Nelson Seixas 2023
O Centro de Referência Especializada para População em Situação de Rua (Centro Pop) e o Centro de Convivência da Juventude (CCJ) foram locais escolhidos para a apresentação de “Cemitério dos Vivos”. O espetáculo é um projeto do bailarino, ator e performer David Balt, que leva às ruas e espaços alternativos uma homenagem ao escritor Lima Barreto.
Centro Pop
A apresentação no espaço que oferece atendimento especializado para pessoas em situação de rua foi nesta quarta-feira, dia 29 de novembro. Cerca de 30 pessoas assistiram à encenação, uma crítica ao racismo e à discriminação racial.
Centro de Convivência da Juventude (CCJ)
A exibição para os jovens será nesta quinta-feira, dia 30 de novembro. Além do espetáculo, haverá uma roda de conversa com a responsável pelo Departamento de Igualdade Racial, vinculado à secretaria da Mulher, PCD e Igualdade Racial, para falar sobre a importância de se combater o racismo.
Durante a oficina foi possível, também, refletir sobre os avanços na luta pela igualdade racial, promoção e a celebração da cultura afro-brasileira. A secretária de Assistência Social Helena Marangoni destacou a necessidade da promoção da inclusão e proteção social. “É preciso combater essa violação de direitos e lutar por uma sociedade mais justa e igualitária para todos.”
Cemitério dos Vivos
O monólogo de teatro-dança foi inspirado na autobiografia do escritor brasileiro e trata do período em que passou internado num hospital psiquiátrico para tratar do alcoolismo. “Cemitério dos Vivos” nasceu dessa experiência que desafiava teorias da época sobre raça e saúde mental, com uma visão crítica da sociedade brasileira.
Na obra Lima relata que chegou a dormir na rua, ocasião em que sequer foi reconhecido, explicitando o racismo estrutural do país. A escolha dos locais de apresentação se relaciona à busca por este público interlocutor: pessoas pretas, moradoras de periferias e pessoas em situação de rua.
Resumo sobre Lima Barreto
Lima Barreto é um escritor brasileiro pré-modernista nascido em maio de 1881, e que morreu em novembro de 1922. Descendente de escravos, sentiu na pele a exclusão social devido à sua origem, inclusive nos meios acadêmicos. Além do alcoolismo, enfrentou diversos problemas de saúde em sua vida e foi internado em hospital psiquiátrico por mais de uma vez.
O escritor trabalha, com ironia, não só a temática nacionalista, como também discute as diferenças sociais e a questão do preconceito racial.
Lima era negro e de família pobre. Sua avó materna foi uma escrava alforriada. Sua mãe era professora primária e morreu de tuberculose quando o escritor tinha 6 anos. Seu pai era tipógrafo, porém sofria de transtorno mental.
REDAÇÃO ENTRECIDADES