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Psicóloga e assistencial social vão atuar com vítimas de violência e seus dependentes
Isabela*, 29 anos, esteve na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Rio Preto com seus dois filhos, de 3 anos e 1,5 ano, após o ex-companheiro, contra o qual ela tem medida protetiva, sair da penitenciária e procurá-la. Isabela foi a terceira mulher a ser atendida pela equipe de psicóloga e assistente social da Secretaria da Mulher, Pessoa com Deficiência e Igualdade Racial na unidade policial. As profissionais atuam na Sala Lilás e têm por objetivo acolher e oferecer serviços municipais à vítima de violência doméstica e familiar e seus dependentes que estiver buscando ajuda ou orientação na delegacia.
“A expectativa é grande, assim como a demanda. Vamos fazer o acolhimento desta mulher, para que se sinta segura, fortalecida e empoderada para as tomadas de decisão. O objetivo é desmistificar a violência e mostrar para essa mulher que não é com tapas, gritos ou xingamentos que a gente se relaciona, que isso não é normal”, explica a psicóloga Bruna Thaíse Alves da Silveira.
Caso seja necessário, além dos encaminhamentos para os serviços oferecidos pela Secretaria da Mulher, Pessoa com Deficiência e Igualdade Racial, as profissionais podem acionar as demais secretarias, como Assistência Social, Saúde, Educação, Trabalho e Emprego, Segurança Pública, etc.
“Importante frisar que não é só a mulher que é vítima de violência. Os filhos, as crianças, vivem esse contexto. As vítimas chegam muito fragilizadas. Então, além da violência, temos a questão da saúde mental. Essa mulher está muito abalada e precisamos acolher e fazer os encaminhamentos”, complementa a assistente social Nanci Hideko Fukushima.
Expediente
Conforme a parceria firmada entre o governo do Estado e a Prefeitura de São José do Rio Preto, para instituição do atendimento, a psicóloga vai atender de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com intervalo de uma hora. Já a assistente social atuará de segunda e quarta-feira, das 8h às 14h, e de terça, quinta e sexta-feira, das 11h às 17h, com intervalo de 15 minutos.
Para Isabela, o atendimento valeu a pena, pois durante a conversa, além de obter informações sobre a medida protetiva, descobriu que vítimas de violência têm prioridade em programas habitacionais.
Além disso, Isabela poderá passar por atendimento psicológico e receber orientação jurídica oferecidos pela Secretaria da Mulher. “O serviço está de parabéns. Esse amparo é de muita valia. A Patrulha Maria da Penha também está sempre pronta para ajudar.”
* nome foi trocado para preservar a identidade da mulher e das crianças
Bianca Zaniratto/SMCS – REDAÇÃO ENTRECIDADES