Prefeito de Nova Aliança participa de evento com o Governador

Ocasião destaca o sistema de leitura tátil na vida das pessoas com deficiência visual
O Dia Mundial do Braille, celebrado nesta quinta-feira, 4, é uma oportunidade para conscientizar a sociedade sobre a necessidade de promover a inclusão e garantir que todos tenham igualdade de acesso à educação, cultura e informação.
A data é uma referência ao nascimento do francês Louis Braille, o criador do sistema que revolucionou a maneira como as pessoas cegas e com baixa visão acessam a informação e a literatura.
No Brasil, o método chegou por meio de José Álvares de Azevedo, que aprendeu a técnica ainda criança e se dedicou a disseminá-la, com apoio do Imperial Instituto de Meninos Cegos, hoje chamado Instituto Benjamin Constant (IBC), situado no Rio de Janeiro (RJ).
Em Rio Preto, desde outubro de 2021, a Secretaria Municipal de Educação (SME) oferece aos alunos cegos e com deficiência visual o Lego Braille Bricks (recurso pedagógico para crianças com deficiência visual).
O trabalho na SME é realizado pelo núcleo de Atendimento Educacional Especializado (AEE), por meio das parcerias com a Fundação Dorina Nowill para Cegos e com o Centro de Promoção para a Inclusão Digital Escolar e Social (CPIDES) da Unesp.
No ano letivo de 2023, estavam matriculados na rede municipal de ensino cerca de 10 alunos cegos e 18 com deficiência visual ou baixa visão. As crianças cegas aprendem a ler e a escrever pelo Sistema Braille. Algumas têm apenas percepção de luz. Já as que têm baixa visão usam o resíduo visual para aprendizagem e utilizam textos com caracteres ampliados e, em alguns casos, recursos ópticos como lentes especiais.
Inclusão
O Programa Lego Braille Bricks Brasil é uma iniciativa global cujo principal objetivo é promover o aprendizado do Sistema Braille de forma lúdica, criativa e inclusiva durante o processo de pré-alfabetização e alfabetização de crianças com deficiência visual a partir de 4 anos.
Atualmente na rede municipal existem 45 salas de recursos multifuncionais, uma em cada escola de ensino fundamental, equipadas com jogos, computadores e mobiliário adaptado.
Os alunos com algum tipo de deficiência que são atendidos pelos professores do AEE, cada um com a particularidade que sua necessidade apresenta, com padrões de aprendizagem individuais, que frequentam as salas regulares de ensino e, no contraturno, recebem o atendimento especializado nas salas de recursos.
Cristiano Furquim/SMCS – REDAÇÃO ENTRECIDADES